Your browser doesn't support javascript.
loading
Mostrar: 20 | 50 | 100
Resultados 1 - 16 de 16
Filtrar
Mais filtros







Base de dados
Indicadores
Intervalo de ano de publicação
1.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 37(4): e00093320, 2021. graf
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-1249419

RESUMO

Abstract: This paper describes the history, objectives and methods used by the nine Brazilian cohorts of the RPS Brazilian Birth Cohorts Consortium (Ribeirão Preto, Pelotas and São Luís) Common thematic axes are identified and the objectives, baseline periods, follow-up stages and representativity of the population studied are presented. The Consortium includes three birth cohorts from Ribeirão Preto, São Paulo State (1978/1979, 1994 and 2010), four from Pelotas, Rio Grande do Sul State (1982, 1993, 2004 and 2015), and two from São Luís, Maranhão State (1997 and 2010). The cohorts cover three regions of Brazil, from three distinct states, with marked socioeconomic, cultural and infrastructure differences. The cohorts were started at birth, except for the most recent one in each municipality, where mothers were recruited during pregnancy. The instruments for data collection have been refined in order to approach different exposures during the early phases of life and their long-term influence on the health-disease process. The investigators of the nine cohorts carried out perinatal studies and later studied human capital, mental health, nutrition and precursor signs of noncommunicable diseases. A total of 17,636 liveborns were recruited in Ribeirão Preto, 19,669 in Pelotas, and 7,659 in São Luís. In the studies starting during pregnancy, 1,400 pregnant women were interviewed in Ribeirão Preto, 3,199 in Pelotas, and 1,447 in São Luís. Different strategies were employed to reduce losses to follow-up. This research network allows the analysis of the incidence of diseases and the establishment of possible causal relations that might explain the health outcomes of these populations in order to contribute to the development of governmental actions and health policies more consistent with reality.


Resumo: O artigo descreve a história, objetivos e métodos utilizados pelas nove coortes do Consórcio RPS de Coortes de Nascimento. São identificados eixos temáticos comuns, com apresentação dos objetivos, anos de linha de base, fases de seguimento e representatividade das populações de estudo. O Consórcio inclui três coortes de nascimento de Ribeirão Preto, Estado de São Paulo (1978/1979, 1994 e 2010), quatro de Pelotas, Estado do Rio Grande do Sul (1982, 1993, 2004 e 2015) e duas de São Luís, Estado do Maranhão (1997 e 2010). As coortes provêm de três regiões do Brasil, de três estados diferentes, com importantes diferenças socioeconômicas, culturais e de infraestrutura. As coortes foram iniciadas ao nascer dos participantes, exceto a mais recente em cada município, onde as mães foram recrutadas durante a gestação. Os instrumentos para a coleta de dados foram refinados para aproximar diferentes exposições na primeira infância e a influência, a longo prazo, no processo saúde-doença. Os investigadores das nove coortes realizaram estudos perinatais e depois examinaram o capital humano, saúde mental, nutrição e sinais percursores de doenças crônicas. Um total de 17.636 nascidos vivos foram recrutados em Ribeirão Preto, 19.669 em Pelotas e 7.659 em São Luís. Nas coortes que foram iniciadas durante a gestação, foram entrevistadas 1.400 gestantes em Ribeirão Preto, 3.199 em Pelotas e 1.447 em São Luís. Foram utilizadas diferentes estratégias para reduzir as perdas de seguimento. A rede de pesquisa do Consórcio permite analisar a incidência de doenças e identificar possíveis relações causais que podem explicar os desfechos de saúde nessas populações e contribuir para o desenvolvimento de medidas públicas e políticas de saúde que estejam mais de acordo com as respectivas realidades.


Resumen: El trabajo describe la historia, objetivos y métodos usados por nueve cohortes brasileñas del RPS Consorcio de Cohortes de Nacimiento. Se identificaron los ejes temáticos comunes y los objetivos, así como los periodos de referencia, la presentación del estadio de seguimiento y representatividad de la población estudiada. El consorcio incluye tres cohortes de nacimiento de Ribeirão Preto, Estado de São Paulo (1978/1979, 1994 y 2010), cuatro de Pelotas, Estado del Rio Grande do Sul (1982, 1993, 2004 y 2015), y dos de São Luís, Estado del Maranhão (1997 y 2010). Las cohortes cubren tres regiones de Brasil, de tres estados distintos, con marcadas diferencias socioeconómicas, culturales y de infraestructura. Las cohortes comenzaron con el nacimiento, excepto para la más reciente en cada municipio, donde las madres fueron reclutadas durante la gestación. Los instrumentos para la recogida de datos han sido depurados, con el fin de realizar una aproximación a diferentes exposiciones durante las fases tempranas de la vida y su influencia a largo plazo en el proceso de salud-enfermedad. Se incluyeron a los investigadores de las nueve cohortes, donde se llevaron a cabo estudios perinatales, así como los recursos humanos analizados posteriormente, al igual que la salud mental, nutrición y signos precursores de enfermedades no comunicables. Un total de 17.636 nacidos vivos fueron reclutados en Ribeirão Preto, 19.669 en Pelotas, y 7.659 en São Luís. En los estudios que comenzaron durante el embarazo, 1.400 mujeres embarazadas fueron entrevistadas en Ribeirão Preto, 3.199 en Pelotas, y 1.447 en São Luís. Se usaron diferentes estrategias para reducir pérdidas, con el fin de realizar el seguimiento. Esta red de investigación permite el análisis de la incidencia de enfermedades y el establecimiento de posibles relaciones causales que podrían explicar los resultados de salud de estas poblaciones, con el fin de contribuir al desarrollo de acciones gubernamentales y políticas de salud más consistentes con la realidad.


Assuntos
Humanos , Feminino , Gravidez , Recém-Nascido , Mães , Fatores Socioeconômicos , Brasil , Estudos de Coortes , Cidades
2.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 36(7): e00164519, 2020. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1124300

RESUMO

Resumo: O objetivo foi estimar a prevalência de indicadores de saúde de adolescentes em São Luís, Maranhão, Brasil, em 2016. Foram estudadas condições sociodemográficas, hábitos de vida, composição corporal, qualidade do sono, atividade física, habilidade cognitiva e risco de suicídio de 2.515 adolescentes com 18 e 19 anos. Os adolescentes pertencem à coorte de nascimento 1997/1998 ou foram incluídos, retrospectivamente, utilizando-se o banco do SINASC (Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos). Os adolescentes eram, principalmente, da classe econômica C (50,1%), 69,5% estudavam, 40,3% trabalhavam e 25,2% não estudavam nem trabalhavam; 60,3% já foram vítimas de assalto e 48,7% tinham pais separados. Apresentaram padrão de consumo nocivo, excessivo ou provável dependência de álcool 19,4%, 19,1% usaram ou estavam usando drogas ilícitas, 53,7% tinham qualidade de sono ruim, 40,8% referiram dor de cabeça frequente, 34,3% declararam tempo de tela por dia maior que cinco horas e 4,1% apresentaram alto risco para suicídio. A prevalência de hipertensão arterial foi de 12% e de obesidade, 6%. As meninas eram mais inativas (80,7%) e apresentaram maior percentual de gordura corporal alto (15,8%) e muito alto (21,5%), já os meninos tiveram maior prevalência de hipertensão arterial (21,2%) e menor prevalência de inatividade física (40,9%). As elevadas prevalências de fatores de risco à saúde aumentam a vulnerabilidade dos adolescentes, expondo estes indivíduos precocemente a fatores que levam ao acometimento cada vez mais cedo de doenças e agravos à saúde.


Abstract: The study aimed to estimate the prevalence of health indicators among adolescents in São Luís, Maranhão State, Brazil, in 2016. The analysis included sociodemographic conditions, life habits, body composition, sleep quality, physical activity, cognitive performance, and suicide risk in 2,515 adolescents 18 to 19 years of age. The adolescents belonged to the 1997/1998 birth cohort or were included retrospectively using the SINASC (Brazilian Information System on Live Births) database. The adolescents were mainly from economic class C (50.1%), 69.5% were in school, 40.3% were working, and 25.2% were neither studying nor working; 60.3% had been robbed, and 48.7% had parents who were separated or divorced; 19.4% showed harmful or excessive alcohol consumption or probable addiction, 19.1% had used or were using illicit drugs, 53.7% reported poor sleep quality, 40.8% reported frequent headaches, 34.3% reported more than five hours of daily screen time, and 4.1% showed high suicide risk. Prevalence of high blood pressure was 12%, and 6% were obese. Girls were more physically inactive (80.7%) and showed greater percentage of high (15.8%) and very high body fat (21.5%), while boys showed greater prevalence of high blood pressure (21.2%) and lower prevalence of physical inactivity (40.9%). High prevalence rates of health risk factors increase the adolescents' vulnerability, exposing these individuals earlier to factors leading to diseases and other health problems.


Resumen: El objetivo fue estimar la prevalencia de indicadores de salud de adolescentes en São Luís, Maranhão, Brasil, en 2016. Se estudiaron condiciones sociodemográficas, hábitos de vida, composición corporal, calidad del sueño, actividad física, habilidad cognitiva y riesgo de suicidio de 2.515 adolescentes con 18 y 19 años. Los adolescentes pertenecían a la cohorte de nacimiento 1997/1998 o se incluyeron, retrospectivamente, utilizando el banco del SINASC (Sistema de Información sobre Nacidos Vivos). Los adolescentes eran, principalmente, de clase económica C (50,1%), un 69,5% estudiaban, un 40,3% trabajaban y un 25,2% no estudiaban ni trabajaban; un 60,3% ya fueron víctimas de asalto y un 48,7% tenían a los padres separados. Un 19,4% presentaron un patrón de consumo nocivo, excesivo o probable dependencia de alcohol, Un 19,1% consumieron o estaban consumiendo drogas ilícitas, un 53,7% tenían una calidad de sueño mala, un 40,8% informaron de dolor de cabeza frecuente, un 34,3% declararon tiempo de TV al día mayor que cinco horas y un 4,1% presentaban un alto riesgo de suicidio. La prevalencia de hipertensión arterial fue de un 12% y de obesidad, 6%. Las niñas eran más inactivas (80,7%) y presentaron un mayor porcentaje de grasa corporal alto (15,8%) y muy alto (21,5%), mientras que los niños tuvieron una mayor prevalencia de hipertensión arterial (21,2%) y menor prevalencia de inactividad física (40,9%). Las elevadas prevalencias de factores de riesgo para la salud aumentan la vulnerabilidad de los adolescentes, exponiendo a estos individuos precozmente a factores que les llevan a sufrir cada vez más pronto enfermedades y problemas de salud.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adolescente , Adulto , Adulto Jovem , Saúde do Adolescente , Fatores Socioeconômicos , Brasil/epidemiologia , Prevalência , Estudos Retrospectivos
3.
Rev. bras. epidemiol ; 23: e200071, 2020. tab, graf
Artigo em Inglês, Português | LILACS | ID: biblio-1126038

RESUMO

RESUMO: Objetivos: Estimar a prevalência de sonolência diurna excessiva (SDE) e os fatores associados a ela em adolescentes da coorte de nascimentos de São Luís (MA). Método: Estudo transversal realizado com 2.514 adolescentes com idade de 18 e 19 anos. Utilizou-se abordagem hierarquizada e calculou-se a razão de prevalências utilizando regressão de Poisson com ajuste robusto da variância. Foram estudadas características sociodemográficas (sexo, cor, classe econômica, ocupação), hábitos de vida (lazer, fumo, álcool, uso de drogas ilícitas, consumo de café e de bebidas energéticas, prática de atividade física, adiposidade corporal, tempo de tela, depressão) e fatores relacionados ao sono. Resultados: A prevalência de SDE foi de 36,8%. Sexo feminino (razão de prevalência - RP = 1,33; intervalo de confiança de 95% - IC95% 1,19 - 1,49), alto risco de consumo de bebidas alcoólicas (RP = 1,26; IC95% 1,09 - 1,46), episódio depressivo maior atual (RP = 1,26; IC95% 1,08 - 1,46), escore de 10 a 18 de alterações do sono (RP = 1,43; IC95% 1,10 - 1,85) e escore de 5 a 7 da disfunção durante o dia (RP = 2,51; IC95% 2,06 - 3,07) foram os fatores de risco para SDE. A classe econômica D/E foi fator de proteção para SDE (RP = 0,47; IC95% 0,27 - 0,85). Conclusão: Mais de um terço dos adolescentes apresentou SDE, e aqueles com maiores riscos precisam melhorar seus hábitos de vida e de sono para que não tenham mais SDE, visando melhorar sua qualidade de vida.


ABSTRACT: Objectives: To estimate the prevalence and factors associated with excessive daytime sleepiness (EDS) in adolescents from the São Luís, Maranhão birth cohort. Method: Cross-sectional study conducted with 2,514 adolescents aged 18 and 19 years old. A hierarchical approach was used, and prevalence ratios were calculated using Poisson regression with robust variance adjustment. Sociodemographic characteristics (gender, race, economic class, and occupation), lifestyle (leisure activities, smoking, alcohol, illicit drug use, coffee and energy consumption, physical activity, body adiposity, screen time, and depression), and factors related to sleep were studied. Results: The prevalence of EDS was 36.8%. The female gender (PR = 1.33; 95%CI 1.19 - 1.49), high risk for alcohol consumption (PR = 1.26; 95%CI 1.09 - 1.46), current major depressive episode (PR = 1.26; 95%CI 1.08 - 1.46), sleep alteration score from 10 to 18 (PR = 1.43; 95%CI 1.10 - 1.85), and sleep score from 5 to 7 of daytime dysfunction (PR = 2.51; 95%CI 2.06 - 3.07) were risk factors for EDS. Economic class D/E was a protective factor for EDS (PR = 0.47; 95%CI 0.27 - 0.85). Conclusion: More than one-third of adolescents had EDS. Adolescents at higher risk need to improve their sleeping habits and lifestyle so that they no longer have EDS and can improve their quality of life.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adolescente , Adulto Jovem , Qualidade de Vida , Depressão/epidemiologia , Transtorno Depressivo Maior/epidemiologia , Distúrbios do Sono por Sonolência Excessiva/epidemiologia , Fatores Socioeconômicos , Brasil , Prevalência , Estudos Transversais , Inquéritos e Questionários , Fatores de Risco , Depressão/etiologia , Transtorno Depressivo Maior/etiologia , Transtorno Depressivo Maior/psicologia , Distúrbios do Sono por Sonolência Excessiva/psicologia
4.
Rev. saúde pública (Online) ; 54: 113, 2020. tab, graf
Artigo em Inglês | SES-SP, BBO, LILACS | ID: biblio-1139471

RESUMO

ABSTRACT OBJECTIVE: To analyze the effects of early determinants on adolescent fat-free mass. METHODS: A cohort study with 579 adolescents evaluated at birth and adolescence in a birth cohort in São Luís, Maranhão. In the proposed model, estimated by structural equation modeling, socioeconomic status (SES) at birth, maternal age, pregestational body mass index (BMI), gestational smoking, gestational weight gain, type of delivery, gestational age, sex of the newborn, length and weight at birth, adolescent socioeconomic status, "neither study/nor work" generation, adolescent physical activity level and alcohol consumption were tested as early determinants of adolescent fat-free mass (FFM). RESULTS: A higher pregestational BMI resulted in higher FFM in adolescence (Standardized Coefficient, SC = 0.152; p < 0.001). Being female implied a lower FFM in adolescence (SC = −0.633; p < 0.001). The negative effect of gender on FFM was direct (SC = −0.523; p < 0.001), but there was an indirect negative effect via physical activity level (SC = −0.085; p < 0.001). Women were less active (p < 0.001). An increase of 0.5 kg (1 Standard Deviation, SD) in birth weight led to a gain of 0.25 kg/m2 (0.106 SD) in adolescent FFM index (p = 0.034). Not studying or working had a negative effect on the adolescent's FFM (SC = −0.106; p = 0.015). Elevation of 1 SD in the adolescent's physical activity level represented an increase of 0.5 kg/m2 (0.207 SD) in FFM index (p < 0.001). CONCLUSIONS: The early determinants with the greatest effects on adolescent FFM are gender, adolescent physical activity level, pregestational BMI, birth weight and belonging to the "neither-nor" generation.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Recém-Nascido , Adolescente , Peso ao Nascer , Composição Corporal , Desenvolvimento do Adolescente/fisiologia , Gordura Subcutânea/crescimento & desenvolvimento , Adiposidade , Fatores Socioeconômicos , Brasil , Índice de Massa Corporal , Estudos de Coortes , Idade Gestacional , Desenvolvimento Muscular , Saúde do Adolescente , Determinantes Sociais da Saúde , Análise de Classes Latentes
5.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 34(11): e00151217, 2018. tab, graf
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-974582

RESUMO

Resumo: O objetivo deste trabalho foi estimar a peregrinação de gestantes no momento do parto e identificar os fatores associados a essa peregrinação em duas cidades brasileiras. Estudo seccional, aninhado à coorte de nascimento BRISA, cuja amostra foi composta por 10.475 gestantes admitidas nas maternidades selecionadas por ocasião do parto em São Luís (Maranhão) e Ribeirão Preto (São Paulo). Entrevistas foram realizadas utilizando-se questionários que continham variáveis sociodemográficas e relacionadas ao parto. Utilizou-se modelagem hierarquizada, e calculou-se o risco relativo utilizando regressão de Poisson. A peregrinação foi mais frequente em São Luís (35,8%) que em Ribeirão Preto (5,8%). Em São Luís, foram fatores associados à maior peregrinação: ser primípara (RR = 1,19; IC95%: 1,08-1,31) e ter escolaridade menor que 12 ou mais anos de estudo. Entretanto, ter 35 anos ou mais (RR = 0,65; IC95%: 0,54-0,84) foi fator associado à menor peregrinação. Em Ribeirão Preto, peregrinaram com maior frequência as gestantes cujos partos foram de alto risco (RR = 2,45; IC95%: 1,81-3,32) e com idade gestacional inferior a 37 semanas (RR = 1,93; IC95%: 1,50-2,50). No entanto, partos com idade gestacional igual ou acima de 42 semanas foi um fator associado à menor peregrinação (RR = 0,57; IC95%: 0,33-0,98). Nas duas cidades, gestantes pobres peregrinaram com maior frequência, e sem garantia de que seriam atendidas, mesmo dentre as que realizaram o pré-natal. O estudo evidenciou ausência da garantia de acesso universal e equânime e reafirmou a desigualdade de acesso à assistência ao parto entre as regiões brasileiras.


Abstract: The objectives of this study were to estimate the involuntary pilgrimage by women in labor in search of childbirth care and to identify factors associated with this endeavor in two Brazilian cities. This was a cross-sectional study nested in the BRISA birth cohort, whose sample consisted of 10,475 women admitted to the selected maternity hospitals for delivery in São Luís (Maranhão State) and Ribeirão Preto (São Paulo State). Interviews were held with questionnaires that contained sociodemographic and obstetric variables. Hierarchical modeling was used, and relative risk was calculated with Poisson regression. Involuntary pilgrimage during labor was more frequent in São Luís (35.8%) than in Ribeirão Preto (5.8%). In São Luís, factors associated with pilgrimage were: first pregnancy (RR = 1.19; 95%CI: 1.08-1.31) and schooling less than 12 complete years. However, age 35 years or older (RR = 0.65; 95%CI: 0.54-0.84) was associated with less pilgrimage. In Ribeirão Preto, such trekking for obstetric care was more frequent in women with high-risk pregnancies (RR = 2.45; 95%CI: 1.81-3.32) and those with gestational age less than 37 weeks (RR = 1.93; 95%CI: 1.50-2.50). Meanwhile, delivery with gestational age equal to or greater than 42 weeks was associated with less pilgrimage (RR = 0.57; 95%CI: 0.33-0.98). In both cities, poor women had to trek more in search of childbirth care and had no guarantee of care, even for those who had received prenatal care. The study revealed the lack of guarantee of universal and equitable access and highlighted the unequal access to childbirth care between Brazil's major geographic regions.


Resumen: El objetivo de este trabajo fue estimar los desplazamientos largos de gestantes en el momento del parto e identificar los factores asociados a estos desplazamientos en dos ciudades brasileñas. Se trata de una investigación seccional, encajada en la cohorte de nacimiento BRISA, cuya muestra estuvo compuesta por 10.475 gestantes, admitidas en las maternidades seleccionadas para dar a luz en São Luís (Maranhão) y Ribeirão Preto (São Paulo). Las entrevistas se realizaron utilizando cuestionarios que contenían variables sociodemográficas y relacionadas con el parto. Se utilizó un modelado jerarquizado, y se calculó el riesgo relativo utilizando la regresión de Poisson. Los desplazamientos fueron más frecuentes en São Luís (35,8%) que en Ribeirão Preto (5,8%). En São Luís, los factores asociados a mayores desplazamientos fueron: ser primípara (RR = 1,19; IC95%: 1,08-1,31) y contar con una escolaridad menor a 12 o más años de estudio. Sin embargo, tener 35 años o más (RR = 0,65; IC95%: 0,54-0,84) fue un factor asociado a menores desplazamientos. En Ribeirão Preto, se desplazaron con mayor frecuencia las gestantes cuyos partos fueron de alto riesgo (RR = 2,45; IC95%: 1,81-3,32) y con una edad gestacional inferior a 37 semanas (RR = 1,93; IC95%: 1,50-2,50). Sin embargo, los partos con una edad gestacional igual o por encima de las 42 semanas fue un factor asociado a un menor desplazamiento (RR = 0,57; IC95%: 0,33-0,98). En las dos ciudades, las gestantes pobres se desplazaron con mayor frecuencia, y sin garantía de que serían atendidas, incluso entre quienes realizaron seguimiento prenatal. El estudio evidenció la inexistencia de garantías de acceso universal y ecuánime a la salud y reafirmó la desigualdad de acceso en la asistencia al parto entre regiones brasileñas.


Assuntos
Humanos , Feminino , Adulto , Adulto Jovem , Centros de Assistência à Gravidez e ao Parto/estatística & dados numéricos , Disparidades em Assistência à Saúde/estatística & dados numéricos , Acesso aos Serviços de Saúde/estatística & dados numéricos , Maternidades/estatística & dados numéricos , Fatores Socioeconômicos , Brasil , Características de Residência , Métodos Epidemiológicos , Tocologia
6.
Rev. saúde pública (Online) ; 52: 46, 2018. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-903445

RESUMO

ABSTRACT OBJECTIVE To analyze the effects of maternal pre-pregnancy body mass index and weight gain during pregnancy on the baby's birth weight. METHODS We conducted a cross-sectional study with 5,024 mothers and their newborns using a Brazilian birth cohort study. In the proposed model, estimated by structural equation modeling, we tested socioeconomic status, age, marital status, pre-pregnancy body mass index, smoking habit and alcohol consumption during pregnancy, hypertension and gestational diabetes, gestational weight gain, and type of delivery as determinants of the baby's birth weight. RESULTS For a gain of 4 kg/m2 (1 Standard Deviation [SD]) in pre-pregnancy body mass index, there was a 0.126 SD increase in birth weight, corresponding to 68 grams (p < 0.001). A 6 kg increase (1 SD) in gestational weight gain represented a 0.280 SD increase in newborn weight, correponding to 151.2 grams (p < 0.001). The positive effect of pre-pregnancy body mass index on birth weight was direct (standardized coefficient [SC] = 0.202; p < 0.001), but the negative indirect effect was small (SC = -0.076, p < 0.001) and partially mediated by the lower weight gain during pregnancy (SC = -0.070, p < 0.001). The positive effect of weight gain during pregnany on birth weight was predominantly direct (SC = 0.269, p < 0.001), with a small indirect effect of cesarean delivery (SC = 0.011; p < 0.001). Women with a higher pre-pregnancy body mass index gained less weight during pregnancy (p < 0.001). CONCLUSIONS The effect of gestational weight gain on the increase in birth weight was greater than that of pre-pregnancy body mass index.


Assuntos
Humanos , Feminino , Gravidez , Recém-Nascido , Peso ao Nascer , Aumento de Peso/fisiologia , Índice de Massa Corporal , Sobrepeso/complicações , Complicações na Gravidez/fisiopatologia , Fatores Socioeconômicos , Brasil , Cesárea/estatística & dados numéricos , Estudos Transversais , Fatores de Risco , Estudos de Coortes , Idade Gestacional , Diabetes Gestacional , Parto Obstétrico , Modelos Teóricos , Obesidade/complicações
7.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 33(6): e00032016, 2017. tab, graf
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-889682

RESUMO

Resumo: O estudo teve como objetivo investigar a associação entre sintomas depressivos e de ansiedade maternos e prejuízos na relação mãe/filho, por meio de modelagem de equações estruturais. Foram utilizados dados de um estudo de coorte prospectivo iniciado no pré-natal com 1.140 mães, no Município de São Luís, Maranhão, Brasil. Os dados foram coletados no pré-natal e por ocasião do segundo ano de vida dos filhos das entrevistadas. Para verificar prejuízos na relação mãe/filho, foi usado o Postpartum Bonding Questionnaire - PBQ (N = 1.140). No modelo teórico inicial, a situação socioeconômica determinou os fatores demográficos, psicossociais maternos e de apoio social, que determinaram o desfecho relação mãe/filho. Os ajustes foram realizados por modelagem de equações estruturais, utilizando-se o Mplus 7.0. O modelo final apresentou bom ajuste (RMSEA = 0,047; CFI = 0,984; TLI = 0,981). Sintomas de depressão na gestação e pós-parto estiveram associados a maiores escores do PBQ, indicando prejuízos na relação mãe/filho. O maior efeito foi o dos sintomas de depressão na gestação. Associaram-se também a maiores escores do PBQ: menor apoio social, situação socioeconômica desfavorável e viver sem companheiro, por via indireta. Sintomas de ansiedade e idade materna não estiveram associados com a relação mãe/filho. Os resultados sugerem que identificar e tratar a depressão no pré-natal e pós-parto poderá melhorar a relação mãe/filho na infância.


Abstract: This study aimed to investigate the association between maternal depressive symptoms and anxiety and interference in the mother/child relationship, using structural equations modeling. Data were used from a prospective cohort study initiated during the prenatal period with 1,140 mothers in São Luís, Maranhão State, Brazil. Data were collected during prenatal care and when the children reached two years of age. Interference in the mother/child relationship was measured with the Postpartum Bonding Questionnaire - PBQ (N = 1,140). In the initial theoretical model, socioeconomic status determined the maternal demographic, psychosocial, and social support factors, which determined the outcome, i.e., the mother/child relationship. Adjustments were performed by structural equations modeling, using Mplus 7.0. The final model showed good fit (RMSEA = 0.047; CFI = 0.984; TLI = 0.981). Depressive symptoms in pregnancy and the postpartum were associated with higher PBQ scores, indicating interference in the mother/child relationship. The greatest effect was from depressive symptoms in pregnancy. Other factors associated with higher PBQ scores were lower social support, unfavorable socioeconomic status, and living without a partner, by indirect association. Anxiety symptoms and maternal age were not associated with the mother/child relationship. The results suggest that identifying and treating depression in pregnancy and postpartum can improve mother/child bonding in childhood.


Resumen: El estudio tuvo como objetivo investigar la asociación entre síntomas depresivos y de ansiedad maternos y prejuicios en la relación madre/hijo, mediante el modelo de ecuaciones estructurales. Se utilizaron datos de un estudio de cohorte prospectivo, iniciado durante el período pre-natal con 1.140 madres, en el municipio de Sao Luis, Maranhão, Brasil. Los datos fueron recogidos durante el período pre-natal y con ocasión del segundo año de vida de los hijos de las entrevistadas. Para verificar prejuicios en la relación madre/hijo, fue usado el Postpartum Bonding Questionnaire - PBQ (N = 1.140). En el modelo teórico inicial, la situación socioeconómica determinó los factores demográficos, psicosociales maternos y de apoyo social, que determinaron el resultado relación madre/hijo. Los ajustes se realizaron por modelos de ecuaciones estructurales, utilizándose el Mplus 7.0. El modelo final presentó un buen ajuste (RMSEA = 0,047; CFI = 0,984; TLI = 0,981). Los síntomas de depresión en la gestación y post-parto estuvieron asociados a mayores marcadores de PBQ, indicando prejuicios en la relación madre/hijo. El mayor efecto fue el de los síntomas de depresión en la gestación. Se asociaron también a mayores marcadores del PBQ: menor apoyo social, situación socioeconómica desfavorable y vivir sin compañero, por vía indirecta. Síntomas de ansiedad y edad materna no estuvieron asociados con la relación madre/hijo. Los resultados sugieren que identificar y tratar la depresión durante el periodo pre-natal y posparto podrá mejorar la relación madre/hijo durante la infancia.


Assuntos
Humanos , Feminino , Gravidez , Adulto , Ansiedade/psicologia , Cuidado Pré-Natal/psicologia , Depressão/psicologia , Relações Mãe-Filho/psicologia , Apoio Social , Fatores Socioeconômicos , Brasil , Estudos Prospectivos , Inquéritos e Questionários , Modelos Estatísticos
8.
Cad. saúde pública (Online) ; 33(5): e00007916, 2017. tab, graf
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-839715

RESUMO

Este estudo analisou os efeitos do ganho de peso gestacional e do aleitamento materno na retenção de peso pós-parto. Foram acompanhadas 2.607 mulheres da coorte de nascimento BRISA. As variáveis utilizadas foram idade, situação socioeconômica, paridade, índice de massa corporal pré-gestacional, ganho de peso gestacional, duração do aleitamento materno, tempo de acompanhamento após o parto e retenção de peso pós-parto. Foi utilizada modelagem de equações estruturais que permitiu avaliar os efeitos totais, diretos e indiretos das variáveis explicativas na retenção de peso pós-parto. Aumento de um desvio padrão do ganho de peso gestacional correspondeu a um aumento significativo de 0,49 desvio padrão da retenção de peso pós-parto (p < 0,001). Aumento de um desvio padrão da duração do aleitamento materno correspondeu à diminuição média de 0,10 desvio padrão da retenção de peso pós-parto (p < 0,001). Independente do índice de massa corporal pré-gestacional, o ganho de peso gestacional é fator de risco, e a duração do aleitamento materno é fator protetor para a retenção de peso pós-parto.


This study analyzed the effects of gestational weight gain and breastfeeding on postpartum weight retention. The study followed 2,607 women from the BRISA cohort. The variables were age, socioeconomic status, parity, pre-gestational body mass index, gestational weight gain, duration of maternal breastfeeding, length of postpartum follow-up, and postpartum weight gain. Structural equation modeling was used to evaluate the total, direct, and indirect effects of the explanatory variables on postpartum weight retention. An increase of one standard deviation in gestational weight gain corresponded to a significant increase of 0.49 standard deviations in postpartum weight retention (p < 0.001). An increase of one standard deviation in duration of breastfeeding corresponded to mean decrease of 0.10 standard deviations in postpartum weight retention (p < 0.001). Independently of pre-gestational BMI, gestational weight gain is a risk factor and duration of breastfeeding is a protective factor against postpartum weight retention.


Este estudio analizó los efectos de la ganancia de peso gestacional y de la lactancia materna en la retención del peso posparto. Se siguió a 2.607 mujeres de la cohorte de nacimiento BRISA. Las variables utilizadas fueron edad, situación socioeconómica, paridad, índice de masa corporal pre-gestacional, ganancia de peso gestacional, duración de la lactancia materna, tiempo de seguimiento tras el parto y retención de peso posparto. Se utilizó un modelo de ecuaciones estructurales que permitió evaluar los efectos totales, directos e indirectos de las variables explicativas en la retención del peso posparto. El aumento del desvío patrón de la ganancia de peso gestacional correspondió a un aumento significativo de 0,49 del desvío patrón de la retención de peso posparto (p < 0,001). El aumento de un desvío patrón de la duración de la lactancia materna correspondió a la disminución media de 0,10 del desvío patrón de la retención de peso posparto (p < 0,001). Independientemente del índice de masa corporal pre-gestacional, la ganancia de peso gestacional es un factor de riesgo, y la duración de la lactancia materna es un factor protector para la retención del peso posparto.


Assuntos
Humanos , Feminino , Gravidez , Adulto , Adulto Jovem , Aleitamento Materno , Aumento de Peso/fisiologia , Período Pós-Parto/fisiologia , Sobrepeso , Fatores Socioeconômicos , Brasil , Índice de Massa Corporal , Inquéritos e Questionários , Fatores de Risco , Estudos de Coortes , Fatores Etários
9.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 33(1): e00078515, 2017. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-839625

RESUMO

Abstract: The factors associated with physical violence against pregnant women were analyzed in a cross-sectional study of 1,446 pregnant women from a prenatal cohort who were interviewed in 2010 and 2011 in São Luís, Brazil. In the initial model, socioeconomic status occupied the most distal position, determining sociodemographic factors, social support and the behavioral factors that ultimately determined physical violence, which was investigated as a latent variable. Structural equation modeling was used in the analysis. Pregnant women who were from more disadvantaged backgrounds (p = 0.027), did not reside with intimate partners (p = 0.005), had low social support (p < 0.001) and had a high number of lifetime intimate partners (p = 0.001) reported more episodes of physical violence. Low social support was the primary mediator of the effect of socioeconomic status on physical violence. The effect of marital status was mainly mediated by a high number of lifetime intimate partners.


Resumo: Foram analisados fatores associados à agressão física contra gestantes, em um estudo transversal com uma amostra de 1.446 mulheres de uma coorte pré-natal, entrevistadas em 2010 e 2011 em São Luís, Maranhão, Brasil. No modelo inicial, o nível socioeconômico ocupou a posição mais distal, determinando os fatores sociodemográficos, de apoio social e comportamentais, que por vez determinavam a violência física, investigada enquanto variável latente. A análise usou modelagem de equações estruturais. O relato de mais episódios de violência física esteve associado estatisticamente ao nível socioeconômico mais baixo (p = 0,027), não residir com parceiro (p = 0,005), apoio social baixo (p < 0,001) e alto número de parceiros na vida (p = 0,001). Apoio social baixo apareceu como o principal mediador do efeito do nível socioeconômico sobre a violência física. O efeito do estado conjugal foi mediado principalmente pelo número de parceiros na vida.


Resumen: Se analizaron factores asociados a la agresión física contra embarazadas, en un estudio transversal con una muestra de 1.446 mujeres de una cohorte prenatal, entrevistadas en 2010 y 2011 en São Luís, Maranhão, Brasil. En el modelo inicial, el nivel socioeconómico ocupó la posición más distal, determinando los factores sociodemográficos, de apoyo social y comportamentales, que a su vez determinaban la violencia física, investigada como variable latente. El análisis usó modelos de ecuaciones estructurales. El relato de más episodios de violencia física estuvo asociado estadísticamente al nivel socioeconómico más bajo (p = 0,027), no residir con pareja (p = 0,005), apoyo social bajo (p < 0,001) y alto número de parejas en la vida (p = 0,001). El apoyo social bajo apareció como el principal factor del efecto del nivel socioeconómico sobre la violencia física. El efecto del estado conyugal fue medido principalmente por el número de parejas en la vida.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Gravidez , Adulto , Apoio Social , Gestantes , Violência por Parceiro Íntimo/estatística & dados numéricos , Abuso Físico/estatística & dados numéricos , Fatores Socioeconômicos , Brasil/epidemiologia , Prevalência , Estudos Transversais , Inquéritos e Questionários , Fatores de Risco , Modelos Teóricos
10.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 21(4): 1227-1238, Abr. 2016. tab, graf
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-778576

RESUMO

Resumo O objetivo desta pesquisa foi analisar o conteúdo da assistência pré-natal em São Luís e os fatores associados com sua inadequação. Realizou-se estudo transversal baseado em dados da coorte de nascimento de São Luís em 2010. O conteúdo da assistência pré-natal foi classificado como inadequado quando não atendeu aos critérios do Programa de Humanização no Pré-Natal e Nascimento (PHPN) que estabelece o início precoce, o número mínimo de consultas, os exames laboratoriais básicos, a vacinação antitetânica e os procedimentos obstétricos. Regressão de Poisson foi utilizada para observar associações das variáveis com o desfecho. A taxa de inadequação foi de 60,2%. O pré-natal inadequado foi associado à classe econômica C (RP = 1,39; IC = 1,26-1,55), à D/E (RP = 1,60; IC = 1,43-1,79), à ocupação da mãe não qualificada/desempregada (RP = 1,24; IC = 1,11-1,37), à escolaridade de 5-8 anos (RP = 1,12; IC = 1,06-1,19) e de 0-4 anos (RP = 1,13; IC = 1,01-1,26), a não ter religião (RP = 1,10; IC = 1,04-1,17), ao uso de álcool durante a gestação (RP = 1,13; IC = 1,06-1,20) e ao atendimento no serviço público (RP = 1,75; IC = 1,54-2,00). Os resultados demonstraram inadequação e iniquidade da assistência pré-natal, evidenciando que mulheres de pior condição socioeconômica foram as que receberam assistência de menor qualidade.


Abstract The scope of this study was to analyze the content of prenatal care in São Luís, Maranhão, Brazil, and the factors associated with its inadequacy. A cross-sectional study was conducted based on data from the birth cohort of São Luís in 2010. The content of prenatal care was defined as inadequate when it did not meet the criteria of the Program for Humanization of Prenatal and Delivery Care, which establishes early initiation of prenatal care, minimum number of medical consultations, basic laboratory tests, tetanus vaccination and obstetric procedures. Poisson regression was used to observe associations of the variables with the outcome. The inadequacy rate was high (60.2%). The variables associated with inadequacy were: class C socioeconomic status (PR = 1.39; CI = 1.26-1.55); class D/E socioeconomic status (PR = 1.60; CI = 1.43-1.79); unqualified/unemployed mother (PR = 1.24; CI = 1.11-1.37); 5-8 years of schooling (PR = 1.12; CI = 1.06-1.19); 0-4 years of schooling (PR = 1.13; CI = 1.01-1.26); not being religious (PR = 1.10; CI = 1.04-1.17); alcohol use during pregnancy (PR = 1.13; CI = 1.06-1.20), and being attended by the public service (PR = 1.75; CI = 1.54-2.00). The results showed inadequacy and inequality of prenatal care, revealing that women of lower socioeconomic status received lower quality care.


Assuntos
Humanos , Feminino , Adulto , Cuidado Pré-Natal/normas , Disparidades em Assistência à Saúde , Classe Social , Fatores Socioeconômicos , Brasil , Gravidez , Estudos Transversais
11.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 32(1): e00192714, 2016. tab, graf
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-952241

RESUMO

Resumo O artigo objetiva analisar a prevalência e fatores associados ao uso de drogas ilícitas na gestação. Estudo transversal, aninhado à coorte pré-natal do estudo de coorte BRISA. Utilizou-se medidas de frequência e modelo de regressão logística múltipla hierarquizada. A prevalência estimada foi de 1,45% para o uso de drogas ilícitas, 22,32% para o uso de bebidas alcóolicas e 4,22% para o de cigarro. A população mostrou-se jovem, de 20-34 anos de idade (81%), com escolaridade de 9-11 anos de estudos (75,55%), com mais da metade das mulheres fora da população economicamente ativa (52,18%) e na classe econômica "C" (67,61%). As gestantes apresentaram nível de estresse elevado (24,46%), sintomas de ansiedade de moderada a intensa (40,84%) e sintomas depressivos graves (28,8%). Aproximadamente metade (49,72%) das gestantes relatou ter sofrido algum tipo de violência, tendo a maioria ampla rede (72,77%) e baixo apoio social (65,21%). Uso de drogas lícitas, níveis altos de estresse e monoparentalidade foram os fatores independentemente associados ao uso de drogas ilícitas na gestação.


This study analyzes the prevalence of illicit drug use and associated factors during pregnancy. This was a cross-sectional study of participants in the BRISA prenatal care cohort. Frequencies and hierarchical logistic regression were used. Estimated prevalence rates were 1.45% for illicit drug use, 22.32% for alcohol consumption, and 4.22% for smoking. The study population was mostly young (81% in the 20-34-year bracket), with 9 to 11 years of schooling (75.55%), with more than half of the women outside the workforce (52.18%), and in economic class "C" (67.61%). Pregnant women showed a high level of stress (24.46%), moderate to intense anxiety (40.84%), and severe depressive symptoms (28.8%). Approximately half (49.72%) of the pregnant women reported some type of violence, and they had wide networks (72.77%) and low social support (65.21%). Use of legal drugs, high stress levels, and single parenthood were independently associated with illicit drug use in pregnancy.


Resumen El artículo tiene como meta analizar la prevalencia y factores asociados con el consumo de drogas ilícitas durante embarazo. El estudio es de carácter transversal y se centra en el ámbito prenatal del proyecto BRISA cohorte. Utiliza medidas de frecuencia, intervalo de confianza y modelo de regresión logística múltiple jerárquica. La prevalencia estimada fue de 1.45% para uso de drogas ilícitas; 22,32% para uso de alcohol y 4,22% para consumo de cigarrillos. La población es joven, 20-34 años (81%), la escolarización de 9 a 11 años de educación (75.55%), con más de la mitad de las mujeres fuera de la población económicamente activa (52.18 %) y clase social "C" (67,61%). Las mujeres embarazadas tienen un alto nivel de estrés (24,46%), síntomas de ansiedad de moderada a severa (40.84%) y síntomas depresivos severos (28,8%). Aproximadamente la mitad (49,72%) de las mujeres reportó haber experimentado alguna forma de violencia; la mayoría cuenta con una gran red social (72,77%) y bajo apoyo social (65,21%). Drogas lícitas, altos niveles de estrés y madres solteras fueron los factores que se asociaron con significación estadística.


Assuntos
Humanos , Feminino , Gravidez , Adolescente , Adulto , Adulto Jovem , Complicações na Gravidez/epidemiologia , Consumo de Bebidas Alcoólicas/epidemiologia , Fumar/epidemiologia , Transtornos Relacionados ao Uso de Substâncias/epidemiologia , Cuidado Pré-Natal/estatística & dados numéricos , Apoio Social , Fatores Socioeconômicos , Brasil/epidemiologia , Drogas Ilícitas , Prevalência , Estudos Transversais , Fatores de Risco
12.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 32(11): e00086915, 2016. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-828388

RESUMO

This study focused on the association between physical activity in the second trimester of pregnancy and adverse perinatal outcomes: low birth weight (LBW), preterm birth (PTB), and intrauterine growth restriction (IUGR). The study used a sample from the BRISA cohort, São Luís, Maranhão State, Brazil, which included women with singleton pregnancy, gestational age from 22 to 25 weeks confirmed by obstetric ultrasound performed at < 20 weeks, and re-interviewed in the first 24 hours postpartum (n = 1,380). Level of physical activity was measured by the International Physical Activity Questionnaire (IPAQ), short version, categorized as high, moderate, and low. A directed acyclic graph (DAG) was used to identify minimum adjustment to control confounding. High physical activity was not associated with LBW (RR = 0.94; 95%CI: 0.54-1.63), PTB (RR = 0.86; 95%CI: 0.48-1.54), or IUGR (RR = 0.80; 95%CI: 0.55-1.15). The results support the hypothesis that physical activity during pregnancy does not result in adverse perinatal outcomes.


Investigou-se a associação entre atividade física durante o segundo trimestre gestacional e os desfechos perinatais adversos: baixo peso ao nascer (BPN), nascimento pré-termo (NPT) e restrição de crescimento intrauterino (RCIU). Foi utilizada amostra da coorte BRISA, São Luís, Maranhão, Brasil, que incluiu mulheres com gravidez única, idade gestacional de 22 a 25 semanas confirmada por ultrassonografia obstétrica realizada com < 20 semanas, reentrevistadas nas primeiras 24 horas após o parto (n = 1.380). O nível de atividade física foi medido pelo Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ), versão curta, e categorizado em alto, moderado e baixo. Gráfico acíclico direcionado (DAG) foi utilizado para identificar ajuste mínimo para o controle de confundimento. Nível alto de atividade física não foi associado ao BPN (RR = 0.94; IC95%: 0,54-1,63), NPT (RR = 0,86; IC95%: 0,48-1,54) ou RCIU (RR = 0,80; IC95%: 0,55-1,15). Os resultados fortalecem a hipótese de que a prática de atividade física na gestação não parece resultar em desfechos adversos ao nascimento.


Se investigó la asociación entre actividad física durante el segundo trimestre gestacional y los desenlaces perinatales adversos: bajo peso al nacer (BPN), nacimiento pretérmino (NPT) y restricción de crecimiento intrauterino (RCIU). Se utilizó una muestra de la cohorte BRISA, São Luís, Maranhão, Brasil, que incluyó mujeres con un embarazo único, edad gestacional de 22 a 25 semanas, confirmada por ultrasonografía obstétrica realizada con < 20 semanas, reentrevistadas en las primeras 24 horas tras el parto (n = 1.380). El nivel de actividad física fue medido por el Cuestionario Internacional de Actividad Física (IPAQ), versión corta, y categorizado en alto, moderado y bajo. El gráfo acíclico dirigido (DAG) se utilizó para identificar un ajuste mínimo para el control de confusores. Un nivel alto de actividad física no se asoció al BPN (RR = 0,94; IC95%: 0,54-1,63), NPT (RR = 0,86; IC95%: 0,48-1,54) o RCIU (RR = 0,80; IC95%: 0,55-1,15). Los resultados fortalecen la hipótesis de que la práctica de actividad física en la gestación no parece resultar en desenlaces adversos al nacimiento.


Assuntos
Humanos , Feminino , Gravidez , Recém-Nascido , Adulto , Adulto Jovem , Recém-Nascido de Baixo Peso , Exercício Físico , Nascimento Prematuro/epidemiologia , Retardo do Crescimento Fetal/epidemiologia , Fatores Socioeconômicos , Brasil/epidemiologia , Recém-Nascido , Resultado da Gravidez , Fatores de Risco , Idade Gestacional , Nascimento Prematuro/etiologia , Retardo do Crescimento Fetal/etiologia
13.
Cad. saúde pública ; 31(7): 1437-1450, 07/2015. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS | ID: lil-754049

RESUMO

The objective of this study was to analyze changes in perinatal health in two birth cohorts started in 1997/1998 and 2010, respectively, in São Luís, Maranhão State, Brazil. A total of 2,493 live born infants were included in 1997/1998 and 5,166 in 2010. Low birth weight (LBW) rate did not change (8.5% in 1997/1998 and 8.6% in 2010). Preterm birth (PTB) rate also remained stable (13.2% in 1997/1998 and 13% in 2010). Teenage deliveries and births to single mothers decreased. Maternal schooling and prenatal care coverage increased. Intrauterine growth restriction (IUGR) decreased from 13.3% to 10.6% (p < 0.001). The perinatal mortality rate decreased from 36.6 to 20.7 per 1,000 (p < 0.001) and the infant mortality rate (IMR) dropped from 28.5 to 12.8 per 1,000 (p < 0.001). The cesarean rate increased from 34.1% to 47.5% (p < 0.001). In conclusion, despite favorable changes in socio-demographic, behavioral, and health service factors and decreasing rates of IUGR and perinatal and infant mortality, LBW and PTB remained stable, while the cesarean rate increased.


O objetivo deste estudo foi analisar as mudanças na saúde perinatal em duas coortes de nascimento realizadas em 1997/1998 e 2010, em São Luís, Maranhão, Brasil. Um total de 2.493 nascidos vivos foi incluído em 1997/1998 e 5.166 em 2010. A taxa de baixo peso ao nascer (BPN) não se modificou (8,5% em 1997/1998 e 8,6% em 2010). A taxa de nascimento pré-termo (NPT) também permaneceu estável (13,2% em 1997/1998 e 13% em 2010). Nascimentos em adolescentes e em mulheres sem companheiro decresceram. A escolaridade materna e a cobertura do pré-natal aumentaram. A taxa de restrição de crescimento intrauterino (RCIU) diminuiu de 13,3% para 10,6% (p < 0,001). A taxa de mortalidade perinatal foi reduzida de 36,6 para 20,7 por mil (p < 0,001) e a taxa de mortalidade infantil diminuiu de 28,5 para 12,8 por mil (p < 0,001). A taxa de cesárea (TC) aumentou de 34,1% para 47,5% (p < 0,001). Apesar das mudanças favoráveis nas variáveis sociodemográficas, comportamentais e de serviços de saúde e da redução nas taxas de RCIU, mortalidade perinatal e infantil, as taxas de BPN e NPT permaneceram estáveis, enquanto a TC aumentou.


El objetivo de este estudio fue analizar los cambios de la salud perinatal en dos cohortes de nacimiento realizadas en 1997/1998 y 2010 en São Luís, Maranhão, Brasil. Un total de 2.493 niños nacidos vivos fueron incluidos en 1997/1998 y 5.166 en 2010. La tasa de bajo peso al nacer (BPN) no cambió (8,5% y 8,6%). La tasa del nacimiento prematuro (TNP) también se mantuvo estable (13,2% y 13%). Los nacimientos entre adolescentes y madres solteras disminuyeron. La escolaridad de la madre y la cobertura de atención prenatal aumentaron. La tasa de restricción del crecimiento intrauterino (RCIU) se redujo de un 13,3% a un 10,6% (p < 0,001). La tasa de mortalidad perinatal disminuyó de 36,6 a 20,7 por mil (p < 0,001), y la tasa de mortalidad infantil (TMI) se redujo de 28,5 a 12,8 por mil (p < 0,001). La tasa de cesárea (TC) aumentó de 34,1% a 47,5% (p < 0,001). A pesar de los cambios favorables en factores sociodemográficos, de conducta y de servicios de salud, y de la reducción de RCIU, mortalidad perinatal e infantil, las tasas de BPN y el PTB se mantuvieron estables, mientras que la TC aumentó.


Assuntos
Adolescente , Adulto , Feminino , Humanos , Lactente , Recém-Nascido , Gravidez , Parto Obstétrico/estatística & dados numéricos , Complicações na Gravidez/epidemiologia , Brasil/epidemiologia , Estudos de Coortes , Cesárea/estatística & dados numéricos , Idade Gestacional , Indicadores Básicos de Saúde , Mortalidade Infantil , Recém-Nascido de Baixo Peso , Recém-Nascido Prematuro , Programas Nacionais de Saúde , Resultado da Gravidez , Complicações na Gravidez/mortalidade , Fatores Socioeconômicos
14.
Cad. saúde pública ; 29(8): 1583-1594, Ago. 2013. tab
Artigo em Inglês | LILACS | ID: lil-684645

RESUMO

The aim of this study was to investigate the association between mental health and physical inactivity in 1,447 pregnant women in the second trimester of pregnancy. Subjects answered the short version of the International Physical Activity Questionnaire. Symptoms of depression and anxiety, and stress levels were assessed using the Center for Epidemiological Studies Depression Scale, the Beck Anxiety Inventory and the Perceived Stress Scale, respectively. The rate of physical inactivity was low (39.8%). The prevalence rates of symptoms of severe depression and severe levels of anxiety were 28.8% and 16.9%, respectively. The average perceived stress score was 24.9. An association was found between physical inactivity and not living with a partner (OR = 1.28), having a manual occupation (OR = 0.71) and, unexpectedly, normal and low levels of anxiety (OR = 1.46 and OR = 1.44, respectively). No association was observed between physical inactivity and symptoms of severe depression and perceived stress. It is plausible to assume that the majority of physical activity practiced by these women was attributable to housework or occupation which may in turn be associated with high levels of anxiety.


O objetivo do estudo foi analisar a associação entre indicadores de saúde mental e a inatividade física em amostra com 1.447 mulheres no 2º trimestre gestacional, que responderam ao Questionário Internacional de Atividade Física - versão curta, à Escala de Rastreamento Populacional para Depressão do Centro de Estudos Epidemiológicos, à Escala de Ansiedade de Beck e à Escala de Estresse Percebido. A taxa de inatividade física foi baixa (39,8%), sintomas depressivos graves estiverem presentes em 28,8% da amostra e nível de ansiedade intensa em 16,9%. O escore médio de estresse percebido foi de 24,9. Não residir com companheiro (RP = 1,28), função ocupacional manual (RP = 0,71) e, ao contrário do esperado, níveis de ansiedade normal (RP = 1,46) e leve (RP = 1,44) apresentaram associação com a inatividade física. Não houve associação entre estresse e sintomas de depressão com a inatividade física. É possível que nas mulheres desta amostra uma parcela importante da atividade física esteja ligada a atividades domésticas ou laborais, que poderiam estar associadas a maiores níveis de ansiedade.


El objetivo del estudio fue analizar la asociación entre la salud mental y la inactividad física en 1.447 mujeres, durante el segundo trimestre del embarazo, que respondieron al Cuestionario Internacional de Actividad Física -versión corta, la Escala de Depresión del Centro de Estudios Epidemiológicos, la Escala de Ansiedad de Beck y la Escala de Estrés Percibido. La tasa de inactividad fue baja (39,8%), síntomas depresivos graves estaban presentes en un 28,8% de la muestra y el nivel de ansiedad intensa en un 16,9%. La puntuación media de estrés percibido fue de 24,9. No vivir en pareja (RP = 1,28), función manual de trabajo (RP = 0,71) y, contrariamente a lo esperado, nivel de ansiedad leve (PR = 1,46) y mínimo (PR = 1,44) mostraron asociación con la inactividad física. No fue encontrada ninguna asociación entre el estrés percibido y los síntomas de la depresión con la inactividad física. Es posible que en las mujeres de la muestra una porción significativa de la actividad física esté relacionada a las actividades domésticas o de empleo, que podrían estar asociadas con mayores niveles de ansiedad.


Assuntos
Adulto , Feminino , Humanos , Gravidez , Ansiedade/epidemiologia , Depressão/epidemiologia , Saúde Mental/estatística & dados numéricos , Comportamento Sedentário , Estresse Psicológico/epidemiologia , Ansiedade/psicologia , Brasil/epidemiologia , Depressão/psicologia , Métodos Epidemiológicos , Escalas de Graduação Psiquiátrica , Fatores Socioeconômicos , Estresse Psicológico/psicologia
15.
Rev. bras. epidemiol ; 16(1): 146-156, mar. 2013. tab, graf
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-674793

RESUMO

Prevalências de desnutrição e excesso de peso em menores de cinco anos e sua associação com fatores socioeconômicos, sanitários e demográficos foram estimadas nos seis maiores municípios do Maranhão, em 2006/2007. Por meio de inquérito domiciliar por amostragem 1.214 crianças menores de cinco anos foram aleatoriamente selecionadas. Foi utilizada amostragem por conglomerados em dois estágios, representativa dos seis municípios maranhenses com mais de cem mil habitantes. Foram aplicados questionários padronizados para as mães ou responsáveis pelas crianças e aferidos peso e estatura. Para classificação da desnutrição foram utilizados os pontos de corte < - 2 escores z pelos indicadores peso para idade, peso para estatura e estatura para idade. Para a classificação do excesso de peso foram considerados > +2 escores z, de acordo com o indicador peso para estatura, seguindo recomendações da Organização Mundial da Saúde. Pelo índice peso para idade a prevalência de desnutrição foi de 4,5%, pelo índice estatura para idade 8,5% estavam com desnutrição pregressa e pelo índice peso para estatura 3,9% encontravam-se com desnutrição atual, enquanto 6,7% apresentavam excesso de peso. Crianças de famílias chefiadas por mulheres apresentaram menores prevalências de desnutrição (Razão de Prevalências = 0,4). Variáveis socioeconômicas não estiveram associadas à desnutrição ou ao excesso de peso. Recebimento de benefício do programa bolsa família não foi associado à desnutrição ou excesso de peso. A prevalência de desnutrição infantil foi baixa, mas o excesso de peso foi mais prevalente do que a desnutrição. Não foi detectada desigualdade social em relação à desnutrição em crianças menores de cinco anos, sugerindo evolução favorável no sentido de maior equidade.


Prevalences of malnutrition and overweight among children under five years and its association with socioeconomic, demographic and health indicators were estimated for the six largest municipalities of Maranhão, in 2006/2007. By means of a household survey, a sample of 1214 children under five years of age was randomly selected. Two-stage cluster sampling was used, representing the six municipalities of Maranhão with over one hundred thousand inhabitants. Standardized questionnaire was administered to mothers or guardians and trained personnel measured weight and height or length. For classification of malnutrition cutoff points of <-2z scores for weight-for-age, weight-for-length/height and length/height-for-age were used. Overweight was considered when weight for heithg was > +2 z score, following World Health Organization guidelines. By weight-for-age malnutrition prevalence was 4.5, by length/height-for-age 8.5% were stunted and by the weight-for-length/height 3.9% were malnourished (wasting), while 6.7% were overweight. Children of families headed by women had lower prevalence of malnutrition (prevalence ratio=0.4). Socioeconomic variables were not associated with malnutrition or overweight. Participation in money transfer programs from the government was not associated with malnutrition or overweight. The prevalence of malnutrition was low, but being overweight was more prevalent than malnutrition. Social inequality was not detected in relation to malnutrition in children under five years of age, suggesting a favorable trend towards greater equity.


Assuntos
Pré-Escolar , Feminino , Humanos , Lactente , Masculino , Sobrepeso/epidemiologia , Brasil/epidemiologia , Cidades , Desnutrição/epidemiologia , Prevalência , Fatores de Risco , Saúde da População Urbana
16.
Cad. saúde pública ; 28(7): 1381-1393, jul. 2012. tab
Artigo em Inglês | LILACS | ID: lil-638732

RESUMO

We used body mass index (BMI) and waist circumference (WC) as fat indicators to assess whether perinatal and early adulthood factors are associated with adiposity in early adulthood. We hypothesized that risk factors differ between men and women and are also different when WC is used for measuring adiposity as opposed to BMI. We conducted a longitudinal study based on a sample of 2,063 adults from the 1978/1979 Ribeirão Preto birth cohort. Adjustment was performed using four sequential multiple linear regression models stratified by sex. Both perinatal and early adulthood variables influenced adulthood BMI and WC. The associations differed between men and women and depending on the measure of abdominal adiposity (BMI or WC). Living with a partner, for both men and women, and high fat and alcohol intake in men were factors that were consistently associated with higher adulthood BMI and WC levels. The differences observed between sexes may point to different lifestyles of men and women, suggesting that prevention policies should consider gender specific strategies.


Utilizou-se o índice de massa corporal (IMC) e a circunferência de cintura (CC) para avaliar se alguns fatores perinatais e da vida adulta se associam com adiposidade na vida adulta jovem. Trabalhou-se com a hipótese de que os fatores de risco diferem entre homens e mulheres e também são diferentes quando a CC é utilizada como medida de adiposidade em vez do IMC. Realizou-se estudo longitudinal baseado em 2.063 pessoas da coorte de nascimentos de 1978/1979 de Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil. Foi feito ajuste sequencial em quatro modelos de regressão linear múltipla, estratificados por sexo. Tanto variáveis do início da vida como atuais interferiram no IMC e na CC. As associações foram diferentes para homens e mulheres, e também quando se considerou o IMC ou a CC. Homens e mulheres que vivem com companheira(o) e homens que têm consumo elevado de gordura e álcool apresentam maiores valores de IMC e de CC. As diferenças encontradas podem apontar para estilos de vida diferentes de homens e mulheres, sugerindo que as políticas de prevenção também precisam traçar estratégias diferenciadas segundo gênero.


Assuntos
Adulto , Feminino , Humanos , Masculino , Adulto Jovem , Adiposidade/fisiologia , Índice de Massa Corporal , Circunferência da Cintura , Brasil/epidemiologia , Métodos Epidemiológicos , Obesidade/epidemiologia , Fatores Sexuais , Fatores Socioeconômicos , Relação Cintura-Quadril
SELEÇÃO DE REFERÊNCIAS
DETALHE DA PESQUISA